Enxergando pela fé o que os
olhos não conseguem ver
Podemos dizer que em Hebreus aprendemos a enxergar com os
olhos sobrenaturais da fé e não com os olhos naturais da carne. Ou seja, os olhos
da fé nos dão a convicção plena [firme fundamento] de que vamos receber as coisas
que esperamos e ainda provar coisas que não podemos ver
aos olhos naturais.
Assim como muitas pessoas do passado, se quisermos agradar
ou termos alguma aprovação de Deus temos que começar a enxergar as coisas pela fé (Hb. 11.6),
pois por ela entendemos que aquilo que pode ser visto [universo] não foram
criadas de materiais já existentes, mas foi feito por quem [aquilo que] não se
vê [Deus]. (Hb. 11.1-3)
Não dá para vivermos esperançosos com base no “ver para crer”.
Paulo explica que se já estamos vendo aquilo que esperamos então isso não é
mais uma esperança, pois quem é que fica esperando por alguma coisa que está
vendo? Porém, se estamos esperando alguma coisa que ainda não podemos ver,
então esperamos com paciência. (Rm. 8. 24-25). Segundo ele, não podemos prestar
atenção nas coisas que se vêem, isso não é fé, mas nas que não se vêem. Pois o que pode ser
visto dura apenas um pouco, mas o que não pode ser visto dura para sempre. (2Co
4.18)
Mas quais seriam os exemplos de coisas que os nossos olhos
naturais não conseguem enxergar? Em que podemos depositar a nossa esperança?
Com a fé sobrenatural enxergamos nossa família restaurada e
salva, ainda que aos olhos naturais tudo pareça ao contrário. Com os olhos da fé
enxergamos que Deus pode abrir portas de emprego, que Deus pode nos fazer
prosperar na empresa, que nossos negócios alcançaram índices de porcentagens
acima daquilo que os olhos naturais ainda não viram.
Com os olhos naturais muitas vezes enxergamos um casamento
destruído, mas com os olhos da fé um casamento restaurado. Com os olhos
naturais enxergamos desistência nos momentos mais difíceis da vida, incapacidade
até mesmo nas tentativas de realizações possíveis. Por esses motivos muitas pessoas
envelhecem sonhando com as coisas que não alcançaram. Não acordam para a
realidade da fé que pode estar depositada no Deus do impossível. A faculdade, o
casamentos, os negócios, a família, o relacionamento, etc. tornam-se possíveis
e visíveis quando invertemos as expectativas negativas e passamos “crer para
ver”.
A priori, pela fé já cremos que Deus é fonte suprema da
criação. Que Ele criou o homem e a mulher tornando-os projeto principal de Sua
vontade e majestade. Que ambos se tornaram o centro da vontade de Deus para
viverem pela fé. Que passaram a viver um nível acima de todas as outras formas
de vida, em uma relação intima e impar, em confiança e realidade com Ele.
Nessa relação suprema temos que enxergar pela fé o que
parece impossível aos olhos da carne. Deus age no natural, no possível,
ajudando-nos a realizar o que já está ao nosso alcance, materializado.
Entretanto,
Ele se alegra em agir no sobrenatural, no que parece impossível aos homens,
pois para Ele não existe impossível (Gn. 18.14).
Moisés recebeu uma resposta dura ao achar que para Deus sustentar mais de seiscentas mil pessoas famintas por carne seria algo impossível, mesmo Deus tendo realizado outros milagres (Nm.
11.23).
Quem, com os olhos naturais, ainda enxerga algo impossível para Deus precisa começar a mudar seu modo de ver as coisas, precisa começar a olhar pela fé.